Aproximava-se a véspera de Natal, e lá longe na terra do
Pai Natal, a azáfama era enorme.O Pai Natal conferia nos seus apontamentos, e conversava directamente com o aniversariante (o Menino Jesus)sobre quem seria merecedor de prenda, este ano.
O Menino Jesus dizia que todos mereciam prenda, uma vez que, de uma forma ou de outra, tinham-se comportado bem durante ano, pelo menos em parte dele. Já o Pai Natal fazia contas à vida era, perante as restrições orçamentais impostas pela Mãe Natal, mais comedida nas prendas.
Por fim, chegaram a um consenso todos os meninos e meninas do mundo seriam presenteados com muito amor, carinho, saúde e... para os rapazes livros e carros ou bolas, para as raparigas bonecas e livros.
Assim, desde a Lapónia e para todo o Mundo, viriam prendas inesquecíveis para todas as crianças da Terra com votos de UM FELIZ E SANTO NATAL PARA TODOS..."
alegação final.
"...Mas a noite é ainda menina. Afastado que foi o cortinado,
está ali, debruçado à janela, a espreitar o tempo. Tempo que lhe parece quedo, refugiado na solidão. Não sabe por quanto se espraiará a espera. Então, dá-se a mexer nos pensamentos com a delicadeza de um ourives trabalhando a filigrana de ouro. Vai pensando que há canteiros mortos onde as flores não crescem, e rios que não correm. Pergunta-se se o sol-posto regressará. Volta a espreitar o tempo.
Ela há-de chegar!..."
conversas daqui e dali.
"...Sim, ela há-de chegar, porque este Natal vai ser especial e todos são importantes.. O seu pequeno coração de
pássaro azul estava ansioso e palpitante.
Enviou uma mensagem a todos os seus amigos a pedir-lhes para cada um contribuir com aquilo que têm de mais precioso e único,
a imaginação. Sabia que todos iriam colaborar e fazer deste Natal o mais divertido e original, mas...
só te peço 5 minutos
"...o bom do Pai Natal andava um bocadinho nervoso. A grande noite de natal aproximava-se e ele estava com dificuldades sérias: as fábricas ainda não lhe tinham enviado os brinquedos e o carro das renas estava avariado. Já via os meninos de todo o mundo a ficarem muito
tristes porque, neste Natal, iam ficar sem brinquedos. Foi então que..."
a beiça
"
...eu e o meu irmão mais velho (viriam ainda mais 2) dormíamos no mesmo quarto, numa casa onde electricidade só muitos anos mais tarde, tal como a água canalizada. Sabíamos que o Pai Natal nos presenteava sempre com uns chocolates que representavam várias figuras, embora ocas. Como comer chocolate era coisa rara a expectativa era grande. Antecipadamente lá punha-mos na chaminé um sapato de cada.
Embora muito crianças, já questionávamos a existência do Pai Natal. Se não houvesse outra razão, achávamos estranho o nosso sapato, só tinha chocolates, nada de presentes como os que víamos outros miúdos receber. Nah! Não podia ser, havia qualquer engano. Nada como “apanhá-lo “em flagrante e perguntar-lhe directamente, como é que era. Se éramos todos filhos de Deus, porque é que uns, eram mais filhos do que outros.
Numa noite de Natal decidimos manter-nos acordados. Quando o sono apertava dávamos beliscões um ao outro e assim aguentámos até que um barulho suspeito denunciou a presença do tal Pai Natal.
Levantá-mo-nos de rompante dispostos a ter uma conversinha séria com ele.
Surpresa! Apanhamos foi o nosso Pai com a mão na massa, ou seja a distribuir equitativamente os tais chocolates pelos dois sapatos. Acabou o mito e ficou a desilusão..."
folha seca
"...Ainda a coxear de tanto beliscão, aproveitámos para agarrar o Pai Natal pelas barbas e
eu aproveitei logo para dizer:
-Finalmente, vamos ter uma conversinha... queremos saber o porquê de só termos chocolates porque apesar de nos termos portado muito bem e estudar todos os dias, têm sido anos a fio sem brinquedos... daqueles que vemos dar aos outros meninos..."
doce ou travessura
"...assim quando avistou o Pai Natal, a pequenada que aguardava na praia a sua chegada entrou em alvoroço. Enfrentando a temperatura gélida da água, precipitou-se para o meu
rochedo para as desembrulhar..."
crónicas do rochedo
"... Os pais da pequenada ficaram surpreendidos com o desaparecimento dos filhos e correndo, também eles em direcção ao rochedo, estacaram boquiabertos. O Pai Natal, a pedido de uma
Avó babada e muita saudosa das suas netocas Afrikanas, decidiu descer num balão insuflável e muito colorido, em plena luz do dia, na praia mais límpida e azul do Oceano Índico..."
ti-mamariso
"...e como o Pai Natal é um tipo fiche e viu a pequenada prestes a apanhar um resfriado, voltou para os levar para a praia e assim poderem agasalhados se recomporem e brincarem com as prendas que receberam.
Felizes os pequerruchos viram o trenó do Pai Natal se elevar para lá da
serra e continuar a entrega das restantes prendas, pois já estava com algum atraso e não queria que as crianças ficassem mais ansiosas do que é normal em véspera de Natal..."
serra da leba
"...Andavam assim todos em desatino, por todos sítios e lugares, esquecendo até o menino. Menino de Jesus chamado e nas palhinhas deitado. O pai que tinha sido apanhado em flagrante achocolatar sapatos fingindo-se de um pai que não era, não conseguia disfarçar a contrariedade. Como iria explicar à restante família que fora apanhado e causador por desfazer uma crença que todos julgavam comum a toda e qualquer criança. Foi então que o filho mais velho, ainda dorido pelos beliscões do mais novo, arquitectou um plano. Explicou ao pai, com o espanto do mais novo, dada a bem engendrada proposta de encenação. Os três combinaram nada ter acontecido. Os irmãos, fingiriam continuar em sonhos natalícios e o pai fingiria não ter sido apanhado. E assim, em grande cumplicidade, juntaram-se aos restantes familiares. Foi tal o teatro que todos os adultos ficaram convencidos que continuariam a prolongar o mito dos putos. O mais velho piscou o olho ao mais novo e depois ao pai e os três esboçaram um sorriso de indulgência. É que para a gente crescida há que ter paciência. O menino Jesus, amante da verdade, também sorriu continuando nas palhinhas onde continuava deitado (acho que por gostar da verdade e que veio a ser crucificado). Mas não só o menino fez isso, foi todo o presépio a sorrir e também a estrela iluminada. Até o camelo do
rei Belchior soltou uma sonora gargalhada.…"
conversa avinagrada
"...Aconchegados pelo quentinho que brotava da fogueira, até parecia que naquela noite o seu calor tinha “um aspecto” especial, o mais pequeno da família, ergueu-se lentamente do sofá e sentou-se de mansinho no colo do Pai, levantou o braço, ergueu a mão e passou-a levemente pela cabeça do
Progenitor, num claro tom de carinho fraterno. A este gesto o Pai respondeu com um beijinho ternurento. A criança repetiu o gesto num ritmado bailado de festinhas, quando de repente pára, desloca o seu olhar para o do Pai e pergunta: - Papá afinal o que é o Natal? ..."
" palavras sem jeito
"...- O Natal meu filho é aquela época em que todas as famílias e amigos se reúnem para mostrar o quanto se amam. Não importa o quanto se magoaram durante o ano o que importa sim, meu filho, é que com o nascimento do Menino Jesus todos se apoiam se reúnem e assim como os Reis Magos vieram lá do Oriente com presentes para o Deus Menino, nós também nesta época trocamos prendas. Mas o que importa meu filho é o
Amor,o Perdão e a União de todos. Percebeste meu filho?
- Sim pai, mas, por que é que é só no Natal que existe o perdão?
- Sabes meu filho..."
avogi(e as pulgas)
" ... no Natal as pessoas percebem quem lhes faz falta, aqueles de quem têm saudades, porque é tempo de paz e de união, mas não só no Natal existe o perdão, quem tem um bom
coração, quem é capaz de perdoar, tem essa capacidade durante todos os dias da sua vida de perdoar e de amar.
- Papá, isso é que é o amor?..."
também quero um blogue
"...
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