“Poesia não é para compreender mas para incorporar
Entender é parede: procure ser árvore.”
Manoel de Barros
no meu pomar
há uma árvore
que não dá frutos
mas mantém
mas mantém
o perfume da primavera
e o outono quando vem
perdoa
árvores estéreis
com alma
perdoa
árvores estéreis
com alma
A poesia, tal como acontece com o amor, existe pra ser assumida.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Não procuro ser árvore
ResponderEliminarJá fui, e por sugestão do poema,
acho que vou regressar. Se valer a pena...
Pediram-me que fosse árvore,
com olhos de implorar...
Não uma árvore qualquer,
mas com ramos de abraçar,
tronco forte
bem enraizado,
suavemente inclinado.
Aceitei e gostei.
Gostei que o vento me sussurrasse.
Uma ave em mim pousasse
escolhendo-me para seu ninho.
Gostei de me sentir enorme, gigante
dando conforto e sombra à caminhante
Gostei de me desnudar, perder folhagem
atapetando a paisagem
Gostei de sentir a seiva quente
percorrer-me como quando era gente...
Aí, senti saudade de voltar
e voltei, em festa...
Quem antes via apenas a árvore,
pode agora ver, através de mim, a floresta
Por vezes apetece-me tentar mas não sei como seria tratado.
ResponderEliminarBeijinhos
Assim e o ser humano muitas das vezes vazio nao consegue dar fruto ,mas podemos sempre criar oportunidades para alimentarmos a nossa alma ,para que em cada um de nos cresça o fruto ,que nos alimente cada dia a nossa vida e deixarmos este vazio que nos corrompe ,beijo
ResponderEliminarSe mantém o perfume da primavera, a árvore não é estéril, cumpre um propósito. Gostei muito!
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ResponderEliminarE eu, que já fui uma acácia rubra..., sei.
Beijinho
Laura
Às vezes, é difícil ser árvore, minha amiga!
ResponderEliminarBeijinho e bom resto de semana!
Sejamos árvores então!
ResponderEliminarMas não estéreis, haveremos de dar alguma coisa sempre, como o perfume da primavera.
Beijinho
Ah que saudades Fe. Obrigado pelo link. Talvez o fruto dessa arvore seja mesmo o de manter o perfume da Primavera, o que significa que nao e' esteril. Muito significativo este pequeno poema.
ResponderEliminarbjs
Olá Prima Fê
ResponderEliminarEssa árvore deu frutos e aposto que bem perfumados..
beijinhos
Olá, viva...sinto-me árvore, tronco...:) casa, sol...e tu? Bom setembro e até já...ou até lá...:)
ResponderEliminarJá de volta.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Uma árvore nunca será estéril...
ResponderEliminarA vida nunca é estéril, para quem a vive com alma...
...como o Outono!
Beijo,
António
Bem-haja pelas adoráveis palavras. Estaremos sempre em festa a 5 de Setembro!
Olá Fê
ResponderEliminarLindo poema que nos dá vontade de sermos árvores mas árvores completas, com raízes, tronco, ramos, folhas, flores e frutos.
É sobretudo importante que as árvores dêem frutos que irão perfumar de aromas silvestres um mundo melhor e mais justo.
Beijinhos
Lindo demais,Fê!! Adorei te ver lá e aquele poetinha tem 9 aninhos,rsrs ...
ResponderEliminarbeijos,tudo de bom,chica
ResponderEliminarUm diálogo muito conseguido entre a imagem e o texto.
As palavras de Manoel Barros sempre antes do dizer. As palavras, antes de tudo...
Um beijo
imagem bem conseguida, para o belissimo trabalho de poesia.
ResponderEliminarbeijo
Stupenda questa tua poesia!! buona giornata e felice fine settimana a te...ciao
ResponderEliminarUma harmonia sem igual. Gosto.
ResponderEliminarUm grande bj
Olá Fê.
ResponderEliminarEstou-te muito grata por partilhares um poema tão lindo. De facto, sempre admirei o estado meditativo das árvores e plantas em geral, sempre em paz, neutras. Acho mesmo que o mundo precisa de ser árvore.
Obrigada.
uma árvore tem tantas histórias para contar... quero ser árvore!
ResponderEliminarUm beijo doce xxx
Quem me dera ser uma árvore frondosa que desse sombra e abrigo a quem dela precisasse.
ResponderEliminarE sobretudo, para morrer de pé!
Bejinhos Amiga.
Senti todas todos os regatos, feitos árvore, que escorrem por essas palavras...
ResponderEliminarGrande post, Fê!