“Se eu gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo.”
Os
animais não são mobília, não são brinquedos, objectos descartáveis ou
decoração velha. Os animais não se podem deitar fora quando já não
precisamos deles, quando nos estão a incomodar ou quando se tornam um
peso que não previmos.
Todo
o ambiente que rodeia um animal o afecta emocionalmente (e fisicamente),
pelo que é preciso ter um grande cuidado, respeito e consideração por
eles. Pela vida deles.
No entanto acabam abandonados. Todos os
dias aparecem novos casos. Em Portugal, foram abandonados 30 mil animais
só em 2013, um número que duplicou em cinco anos (fonte). O Brasil tem mais de 30 milhões de animais abandonados (fonte), com um aumento de abandonos que chega aos 70% durante as férias (fonte).
Os números são explícitos e falam por si próprios, mas a pergunta que fica é… como é possível abandonar assim os animais?
Para saberem a resposta a esta pertinente pergunta, cliquem aqui .
No dia 17 de Março aconteceu no
hemisfério norte a maior tempestade solar da década, o resultado desta combinação foi um colorido todo especial no céu, onde a aurora boreal insistiu em exibir toda a sua beleza.
O espectáculo poderia ter passado
despercebido por ser visível apenas em algumas regiões do
hemisfério norte, mas o fotógrafo e cineasta Henry Jun Wah Lee registou a dança de luzes no céu num incrível vídeo em timelapse.
Nas
imagens também é possível observar o vulcão Bárðarbunga a entrar em
erupção, pintando o céu de laranja por alguns minutos.
" Meus queridos:imaginem um mundo de
coisas limpas e bonitas, onde a gente não seja obrigado a fugir, fingir
ou mentir, onde a gente não tenha medo nem se sinta confuso (não haverá a
palavra nem a coisa confusão, porque tudo será nítido e claro), onde as
pessoas não se machuquem umas às outras, onde o que a gente é apareça
nos olhos, na expressão do rosto, em todos os movimentos — acrescentem a
esse mundo os detalhes que vocês quiserem (eu me satisfaço com um rio,
macieiras carregadas, alguns plátanos e uma colina — ou coxilha, como se
diz aqui no Sul — no horizonte), depois convidem pessoas azuis para darem as mãos e fazerem uma grande concentração para concretizar esse
mundo — e, então, quando ele estiver pronto, novo e reluzente como se
tivesse sido envernizado, então nós nos encontraremos lá e eu não
precisarei explicar nada, nem contar nenhuma estória escura, porque
estórias claras estarão acontecendo à nossa volta e nós estaremos sendo
aquilo que somos, sem nenhuma dureza, e o que fomos ficou dependurado em
algum armário embutido, junto com sapatos (quem precisará deles para
pisar na grama limpa dessa terra?)…
Caio Fernando Abreu in Cartas A Vera e Henrique Antoun
*
Meus queridos amigos e amigas,
( por vezes a vida apresenta-se em tons de cinza )
" Quando eu deixei de olhar tão
ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o
que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do
que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que
há, mas também por conseguir ver."